♕ Promessa do dia: “Clame a mim e eu responderei e direi a você coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece” Jeremias 33:3.
Bom dia queridas companheiras de jornada!
É com grande alegria no coração que compartilho com vocês o que chamo de minha segunda jornada de restauração, que é a restauração do meu relacionamento com minha mãe, o relacionamento mãe-filha.
Nunca entendi o que acontecia entre a gente, eu e minha mãe. Desde criança nunca me senti confortável em me aninhar em seu colo (apesar de muito querer), em dizer que a amava (apesar de amá-la e honrá-la demais). Enfim, sentia tudo em meu coração, mas não conseguia demonstrar, era como se houvesse um bloqueio entre nós.
E assim os anos se passaram, com 17 anos fui estudar fora, e minha mãe pouco se envolvia com tudo o que ocorria na minha vida, ela cuidava das minhas roupas e alimentação, porém sempre na dela. Foram raras as vezes que minha mãe visitou o apartamento em que eu morava, raras as vezes que perguntou sobre o que eu estudava.
Eu gostava de falar com ela todos os dias, de visitá-la todo final de semana, mas percebia que era só eu que sempre me doava. Quando me casei não foi diferente, continuei morando em cidade diferente dos meus pais, e a minha mãe não participava dos fatos em minha vida. Eu nunca deixei de estar com ela na maioria dos finais de semanas e ligava quase todos os dias.
Entendam, não estou aqui para criticar minha mãe, até porque ela sempre foi muito cuidadosa com os filhos, cuidava de nossa alimentação, de nossas roupas, da educação, da saúde, e o mais importante, nos fez conhecer a Deus. Eu e meus irmãos sempre fomos muito elogiados pela nossa educação.
O que quero dizer, era que o inimigo se colocava entre nós, não permitindo que tivéssemos aproximação emocional uma pela outra.
Quando se iniciou a crise em meu relacionamento conjugal e comecei a busca pela restauração do meu casamento, as coisas pioraram muito entre mim e minha mãe. Não nos entendíamos, não concordávamos, e aí pude entender que não se tratava de uma crise emocional entre a gente e sim uma batalha espiritual.
Tive que aprender muito sobre honrar pai e mãe, sobre respeitá-la e amá-la como Cristo quer que nós façamos. Tive que aprender a entender todas as feridas que ela também tinha em seu coração e que ela também buscava pela cura.
Amadas companheiras, que linda jornada eu e minha mãe traçamos juntas! Com muitos momentos difíceis e dolorosos, mas com muitas alegrias no final. Em algumas viagens ia orando até chegar à casa dela, pois não sabia como reagir aos ataques do inimigo, mas Ele estava comigo o tempo todo e fez cada momento nosso sempre se transformar em benção, Ele não falhou nenhuma vez!
Hoje sei que os caminhos nunca chegam no final, há sempre mais para fazer, mas meu relacionamento com minha mãe está totalmente restaurado. Ainda temos lutas, ainda temos que colocá-LO sempre à frente de cada encontro, mas hoje posso dizer que nos tornamos amigas, que aprendi a amar minha mãe como verdadeira mulher de Deus, como noiva amada do Senhor.
Hoje nossos momentos são todos agradáveis, sinto saudades de estar com ela, de ouvir a voz dela, ah, a voz dela se tornou doce para comigo, amável e hoje ela me abraça forte como eu sempre quis.
Obrigada Senhor, por esse lindo caminho que nos fez trilhar, onde o Senhor prometeu voltar o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais, e cumpriu a Sua promessa! Mais uma vez, obrigada!!!
“E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.” Malaquias 4:6
~ Kemilly em São Paulo