“Somente Ele Pode Transformar Corações”

5o capítulo da Jornada da perda de custódia, escrita por ~Adina Jacobs.

Durante a semana anterior à consulta final com a psiquiatra, aquela que eu e Kevin tivemos que comparecer, eu realmente tive que buscar a Deus para me manter em paz. Essa seria a consulta que determinaria se as crianças ficariam comigo ou iriam ficar com Kevin, mas eu sabia Quem já havia tomado a decisão final. Então, eu realmente tive que depender de meu Marido Celestial para entregar minha vontade à Dele, e me ajudar em tudo o que aconteceria após esta consulta.

O dia finalmente chegou e enquanto eu dirigia até lá, eram 20 minutos de carro, conversei com meu Marido Celestial para me ajudar, me manter em paz e fechar os meus lábios, não importando o que fosse dito. Eu estava muito nervosa e precisava que Ele me ajudasse a superar isso, porque eu não era capaz de fazer isso com minhas próprias forças.

Quando cheguei lá o Kevin já estava e tivemos que esperar a psiquiatra. Nos cumprimentamos educadamente mas não havia mais nada a dizer, então houve um silêncio incômodo entre nós, mas estava tudo bem, falei com meu Marido. Ela finalmente chegou e nós entramos….

Devo compartilhar que esta foi provavelmente a segunda situação mais desconfortável em que me encontrei, sendo a primeira a consulta com o advogado de Kevin. Digo isso por causa do que a psiquiatra disse a Kevin enquanto eu estava sentada lá.

Ela nos disse que as crianças queriam ficar com nós dois, então se virou para Kevin e começou a contar coisas como divórcio nunca é a resposta e que as crianças nos querem juntos. Então ela contou a ele sobre seu pai que trocou sua mãe por outra mulher e as repercussões disso. Kevin não disse uma palavra enquanto ela falava com ele. Isso me deixou desconfortável porque eu sabia onde estava o coração dele e não estava comigo, então nada do que ela dissesse faria diferença, só Ele pode trabalhar na situação se for Sua vontade restaurar e só Ele pode transformar corações.

Então ela começou a conversar conosco sobre o melhor plano para o futuro. Kevin queria que as crianças fossem e ficassem com ele imediatamente e mudassem de escola, mas naquela época era meio do ano e ela disse a ele que isso não seria do interesse das crianças, porque não se trata apenas de mudar de escola, está mudando de uma escola de primeira língua em africâner para uma escola de primeira língua em inglês. E então ela sugeriu um plano de custódia semanal, mas não íamos ficar na mesma cidade, então ela me perguntou se eu estaria preparada para me mudar e eu disse que sim, se isso fosse o melhor para as crianças. Mas no resto fiquei quieta e a conversa foi mais entre Kevin e a psiquiatra, senti como se estivesse assistindo a um filme.

Kevin disse que deixaria as crianças ficarem comigo para terminar o ano letivo, mas não tem condições de pagar pelas despesas de mercado. Ele também concordou que um plano de custódia semanal seria o melhor para as crianças. Mas ele ficou com medo de que eu não conseguisse comprar comida para as crianças durante o período em que elas ficariam comigo até o final daquele ano, mas eu lhe garanti que teremos sustento e que as crianças não passarão fome. Eu não sabia como, mas sabia que meu Marido Celestial iria providenciar. Kevin concordou e foi o fim da consulta e saímos. Nada estava realmente resolvido, mas havia um plano.

Alguns dias depois, Kevin me visitou e tivemos uma discussão, ele disse que enquanto eu puder sustentar, as crianças devem ficar comigo até terminar o ano letivo. Ele também disse que continuaria a pagar meu aluguel e serviços públicos mesmo quando as crianças ficassem com ele, até que um dia eu possa pagar sozinha. Ele também me perguntou se eu queria me mudar para que possamos seguir um plano de custódia semanal, e eu disse a ele que oraria sobre isso e, se for a vontade Dele, Ele tornará possível que eu me mude e fornecerá tudo, e que estou bem com tudo o que ele decidisse. As coisas entre nós naquela fase eram pacíficas, não havia brigas, tudo por causa dos princípios que apliquei. Concordei com tudo o que ele disse e foi o fim da “batalha pela custódia”. Pelo que eu sei, o que foi decidido naquele dia foi apenas enviado ao advogado de Kevin por e-mail, mas não foi ao tribunal para oficializar e o acordo de divórcio original ainda está em vigor.

Só quero acrescentar que durante a consulta com a psiquiatra, Kevin não disse nada de ruim sobre mim ou para mim. Ele apenas dizia que eu sou uma mãe muito boa e que isso não tem nada a ver com o fato de eu ser uma mãe ruim. Fiquei quieta e apenas respondi brevemente às perguntas dirigidas a mim com o mínimo de palavras.

Então este foi o início dos últimos meses até que as crianças partiram para ficar com o pai. Esta foi uma jornada que tive que percorrer e que Ele graciosamente providenciou para que eu pudesse me render completamente e encontrar descanso Nele.

Mas mais sobre essa jornada no próximo capítulo...