Jornada de Restauração da Lota Joel ❤️ Capítulo 1 – “Um pé dentro, um pé fora”

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Amadas, semana passada nós compartilhamos com você o último capítulo da Jornada de Restauração da Kelly Todd. Espero que você tenha lido com seu coração aberto e meditado em cada capítulo, levado à Ele os seus estudos e extraído desta linda história lições importante e aprendizados para a sua própria Jornada de Restauração!
Embora nossas jornadas tenham muitas semelhanças, nenhuma delas é totalmente igual!! Isto porque Ele usa as situações que vivemos de forma particular, para nos transformar e nos usar para a Sua glória!
Assim como muitas noivas fizeram, nós encorajamos você a documentar a sua Jornada através de relatórios de louvor e diários, para que você possa também encorajar outras mulheres através de sua Jornada de Restauração!

Estaremos compartilhando nos próximos sábados a jornada de Restauração da Lota Joel - "Coragem para atravessar o fogo"

Esperamos que você seja tão ou mais encorajada como fomos! ❤️

Capítulo 1

"Um pé dentro, um pé fora"

Sempre gostei de ir à igreja. Meus pais sempre compartilharam sobre Deus, Seu amor e Sua presença em nossas vidas. Sempre agradecendo e pedindo que Sua vontade fosse feita. Eles fizeram o que lhes foi ensinado e assim faziam  conosco, seus filhos. Era o que eles sabiam e era o que eu sabia, vivíamos o que eu chamaria de uma vida normal até os meus 8 anos de idade.

Eu vi as coisas mudarem. Não me lembro de muita coisa, apenas de pedaços. Uma lembrança vívida era de meu pai chorando na escada, zangado e magoado. Eu queria confortá-lo da mesma forma que ele havia feito comigo antes, mas nada do que fiz ajudou. Ele cerrou os punhos, batendo nas escadas enquanto gemia de dor. Eu nunca o tinha visto assim. Ele havia sofrido um ataque cardíaco fulminante algum tempo antes, então meus irmãos se juntaram a mim implorando para que ele parasse e, por favor, se acalmasse. Estávamos todos chorando incontrolavelmente, com medo de que seu coração parasse, aquele momento foi tão intenso. Minha mãe estava lá em cima e eu sabia que ela podia ouvir tudo. Por que ela não estava conosco ajudando meu pai? Em vez disso, tudo que ouvi minha mãe dizer foi: “Deixe-o em paz, ele vai ficar bem, ele está apenas tentando fazer uma cena”. Esta não foi uma cena intencional, não fazia parte do caráter do meu pai agir assim. O que experimentei foi um homem cujo coração estava despedaçado e partido. Na época, eu não sabia dos detalhes, só que as coisas não estavam bem entre minha mãe e meu pai. Eles se separaram e eu me mudei da única casa que conhecia como lar para um apartamento não muito longe. Minha mãe tinha outro “amigo”, ele era muito legal e eu via meu pai nos finais de semana. Adorei estar com ele e não me lembro de ter ficado triste, pois os dois pareciam felizes, ou pelo menos foi o que me mostraram. Eu apenas segui o fluxo. 

Eu orei, fiz todas as minhas aulas religiosas e tudo que era exigido  para que eu fosse  uma boa menina católica. Eu adorava música, atuar e cantar. Isso me deixava feliz e fluia naturalmente. Lembro-me de lavar a louça olhando pela janela e começar a cantar uma música que eu inventei para Deus. Rapidamente peguei um pedaço de papel e escrevi a letra. O refrão dizia: “e Você é tudo que eu preciso”. Um ano depois, mudei para um novo estado, uma nova escola longe do meu pai. Agora eu só o via no verão. Senti muita falta dele, mas envelheci um pouco e meu coração procurou o amor nos lugares errados.

Eu não fui uma adolescente tranquila, mas não conhecia outra forma de agir, senão aquela que via e estava inserida. Por volta dos 13 anos fui para um retiro e foi incrível. Eu não queria que aquilo acabasse. Tudo o que eu dizia é que queria fazer o bem. Saí feliz e determinada, mas não entendi o que era a graça. No meu primeiro erro, tive certeza de que Deus estava bravo comigo e desisti. Eu disse: “isso é muito difícil e nunca poderei ser boa o suficiente”. Durante todo o tempo, Deus esteve sempre “por perto”. Conheci um cara aos 14 anos que me apresentou à música cristã. Eu o conheci em um grupo da igreja para a qual minha mãe me levava. A artista era Amy Grant e eu adorei todas as músicas dela e comprei todas as suas  “cassetes” (risos, a tecnologia mudou tanto e tão rápido). Mas mesmo assim eu tinha uma mão na igreja e o resto no mundo. Fazia  o que era considerado normal e parecia muito divertido, então segui o fluxo. Continuei cometendo muitos erros e sendo magoada por muitas pessoas em quem confiava. Minha vida foi um turbilhão, mas quando olho para trás, Deus sempre me segurou por um fio e Ele nunca me soltou. Parece tão louco como eu vivia com Ele “por perto”, mas não para Ele. Eu tinha minha própria agenda, então naquela época percebi que isso era o melhor que eu conseguiria,vivendo  um pouco dos dois mundos.

Conheci o Marco aos 15 anos e adorávamos sair com meus amigos. Uma das minhas grandes amigas chamava-se Eli e a mãe dela era uma das pessoas mais santas ou pelo menos era assim que eu a via. Digo isso porque ela sempre foi doce e caseira. Sempre assistia  o canal cristão em sua  TV.. Tudo o que ela compartilhou foi o amor de Deus e orou por nós. Eu nunca vi isso antes, mas no final das contas não pensei nada sobre isso, apenas mais uma maneira de Deus estar “presente” em minha vida. Eli e meus outros amigos eram como todo mundo. A única diferença que vi em Eli foi que ela tinha mais regras a seguir e vinha de uma família rígida, nada mais.

Por volta dos 17 anos, Eli me convidou para um pequeno grupo de sua igreja. Fui a uma casa onde o encontro havia sido marcado e uma mensagem foi compartilhada. Tínhamos terminado e estávamos prestes a sair quando o líder pediu que todos nós (cerca de 10) déssemos as mãos em círculo para orar. Bem, isso foi diferente para mim, mas eu simplesmente continuei. Então o líder perguntou: “há alguém aqui que ainda não recebeu Jesus em seu coração?” Em minha mente, eu me questionei. Abri apenas um olho para ver o que os outros estavam fazendo. Acho que o líder sentiu alguma dúvida no ar. Pensei comigo mesma: fiz parte da igreja durante toda a minha vida e ninguém nunca me fez essa pergunta, nem eu sabia o que isso significava. EU CONHEÇO Deus e Ele esteve presente em minha vida. Fui batizada quando bebê, fiz minha Sagrada Comunhão e Confirmação e até tive uma Bíblia do Momento Precioso. Frequentava a igreja muito mais do que outras pessoas que conhecia. Então o que ele quis dizer? Todos esses pensamentos passaram pela minha cabeça tão rapidamente quando, com tanta graça e paciência, ele começou a explicar sobre ser salvo e, se eu quisesse, repetir esta oração para que eu pudesse ter Jesus em meu coração. Bem, que mal isso poderia causar, então eu disse SIM!

Eu fiz a oração repetindo-a depois dele e algo mudou instantaneamente dentro de mim. Alguns dizem que leva “tempo” para sentir algo, mas comigo não, senti na hora. Foi como se algo tivesse se levantado e eu me senti leve com uma ALEGRIA inexplicável!! Eu estava tão animada, mas não sabia porquê, apenas me sentia animada. Eu tinha certeza, não queria que esse sentimento acabasse.

Compartilhei o que havia vivido com outras pessoas, mas ninguém realmente entendeu, pelo menos aqueles que me cercavam. Eu caminhava nas nuvens, sempre sorrindo, e com essa vontade de ter mais de Deus. Então, fiz o que achei que iria mostrar esse novo sentimento. Comprei um colar religioso chamado escapulário. Significou muito para mim porque meu pai sempre o usou e ele era a pessoa mais próxima que eu conhecia para me mostrar amor incondicional, então para mim ele era o mais próximo de Deus. Minha vida começou a mudar e fazer o bem ficou cada vez mais fácil se tornando mais uma alegria do que um fardo.

Naquela época eu tinha um relacionamento com Marco, mas era à distância. Ele teve que voltar para Nova Iorque e marquei uma viagem para visitá-lo. Eu fazia isso com frequência e estava animada para compartilhar com ele essa nova alegria que estava sentindo. Eu não entendia nem o que deveria fazer com isso, mas sabia que era Deus e desta vez estava determinada a manter e não desistir.

Cheguei em Nova Iorque e, claramente,  fiquei muito feliz em vê-lo. Tínhamos uma conexão especial. Estávamos apaixonados e nos divertíamos muito juntos. Ele era como meu melhor amigo. Eu me sentia segura com ele, mas o que eu sabia sobre o amor ou a vida? Eu mal tinha 17 anos.

No nosso primeiro momento a sós, compartilhei com ele toda a minha nova experiência. Como a maioria das garotas faz, eu compartilhei todos os detalhes, cada um deles, na esperança de que ele pudesse sentir que estava ali ao meu lado, vivenciando isso comigo. Lembro-me de estar sentada na cama do quarto dele, contando-lhe a alegria que sentia, andando nas nuvens e querendo fazer o que era certo com Deus. Tudo estava ótimo até chegar à intimidade. Então tudo desmoronou. Não houve compromisso ou mudança de ideia. Já tínhamos sido íntimos antes e não importava o que eu dissesse sobre o desejo de me abster, ele não aceitou. Meu coração se partiu e naquele momento eu sabia que precisava tomar uma decisão. Mal sabia eu que esta decisão também traria tanta dor de cabeça no futuro.

Eu me agarrei à única coisa que representava Deus para mim naquele momento, o colar em meu pescoço. Eu agarrei-o com tanta força quando começamos a nos beijar. Eu estava tendo uma guerra violenta dentro de mim e foi uma das coisas mais difíceis que fiz até aquele momento na minha vida. Não fiquei tentada para ter intimidade com Marco. Eu sabia que Deus vivia em mim e me dava forças para me abster, mas não fui capaz de abandonar Marco e nosso relacionamento. Eu o queria em minha vida, então, em vez disso, tirei o colar e me forcei a ceder ao que ele queria para que pudéssemos ficar juntos.

Naquele dia rejeitei Deus e coloquei Marco em primeiro lugar. Ao escrever sobre isso agora, eu só conseguia imaginar como quebrei o coração de Deus em pedaços. Voltei à antiga eu, vivendo minha vida como antes. Deus estava presente, mas não mais com aquele fogo que eu tinha por Ele. Eu sei que meu coração também se partiu, mas o “amor” físico que eu estava experimentando por Marco superou o que eu não conseguia ver ou entender completamente naquele momento. Agradeço a Deus pela graça e pelo amor incondicional porque mesmo tendo virado as costas para Ele, Ele nunca saiu do meu lado.

4 opiniões sobre “Jornada de Restauração da Lota Joel ❤️ Capítulo 1 – “Um pé dentro, um pé fora””

  1. Obrigada por compartilhar connosco querida!
    A vida na igreja é incrível como se parece com a das pessoas em geral, inclusive a minha, e de como hoje consigo ter um olhar diferente do que realmente deveria ser. Parece algo novo eu ainda estou em fase de descoberta e quero saber melhor porque preciso passar pra minha filha especialmente. e olha que faz quase 5 anos que conheci o RMI, mesmo assim, é como se ainda fosse só o início. Tem sido diferente e muito mais intenso do que toda a vda cristã que levava pois sou de berço! O pouco que alcancei, ja tem sido o melhor de toda a minha existência!! Uau parece até assustador, eu era muito ativa mas muito ferida, feridas crônicas que me acompanhavam desde a infância, queria perdoar as pessoas porque lia que que se não perdoamos, o Senhor também não nos perdoa, e eu tentava da maneira que eu sabia mas nunca conseguia de fato. Hoje ainda levo um tempo mas eu ja sei que não sou eu que tenho que fazer porque eu não posso, preciso entregar ao Senhor e Ele é quem vai fazer em mim no tempo dele, e é muito melhor, é sem comparação que ficar arrastando fardos que não posso carregar!! 😃 Jamais vou esquecer isso!!
    Obrigada Amado da minha alma!! És tudo o que eu quero querer pra sempre!!

  2. Obrigada queria Lota Joel por compartilhar sua jornada conosco. Uau que capítulo incrível, eu já estou ansiosa pelo próximo e próximo.

    Obrigada Querido por me permitir estar aqui e ler tantos testemunhos Maravilhosos, de como Deus com seus planos perfeitos, escreveu cada jornada e agiu na vida de cada Noiva de forma tão incrível.

  3. Obrigada por compartilharem mais uma jornada de restauração aqui conosco!! Quantas vezes me vi nessa situação e hoje sou grata ao meu amado, por me trazer a este deserto para falar do Seu Amor e para que eu pudesse o reconhecer como meu primeiro amor!!

  4. Capítulo maravilhoso que me fez “contar as bençãos”. O que pode ser melhor do que viver uma vida em obediência, tendo o Senhor em primeiro lugar no meu coração, sabendo distinguir as obras do inimigo e podendo desfrutar de uma paz inexplicável em toda e qualquer situação? Eu te louvo, Meu Lindo Senhor, porque além de tudo isso o Senhor ainda me presenteou com mulheres com a mesma mentalidade que eu. O meu maior desejo e minha maior oração é: Me ajude a permanecer sempre ao Seu Lado. Me proteja contra toda e qualquer ação do inimigo, porque você é Tudo que eu quero, tudo que eu preciso, a razão do meu viver…

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