Jornada de Restauração da Lota Joel ❤️ Capítulo 2 – “Deixe os sinos do casamento tocarem”

Capítulo 2

"Deixe os sinos do casamento tocarem"

Eu tinha 15 anos e estava pronta para conquistar o mundo. Eu era jovem, mas muito independente e focada na minha própria agenda de vida. Fui uma aluna responsável e trabalhei legalmente, assim que pude. Conheci Marco em um passeio no shopping. Ele foi muito encantador com suas palavras, mas eu não me deixei levar facilmente. Começamos como amigos e eu aproveitei nosso tempo juntos. Sendo tão jovem eu não tinha muita liberdade, mas fizemos funcionar. Conheci a família dele e ele conheceu a minha. Nós nos entendíamos e gostávamos de aventuras. Cada passeio juntos foi planejado para novas experiências. Como ele era novo no estado, exploramos e fizemos muitos passeios turísticos. Foi agradável.

Um grande furacão atingiu nossa região logo depois que nos conhecemos, então ele teve que voltar para sua cidade natal, Nova Iorque. Tentamos um relacionamento à distância onde eu o visitaria ou ele viria me visitar. Tivemos momentos difíceis, mas tudo passou tão rápido e não importava o que estivesse acontecendo, quando nos reencontramos, ficamos felizes.

Marco finalmente teve a oportunidade de voltar para Miami e oficializamos nosso noivado novamente. Ele tinha uma filha, Natália. Eu a conheci quando ela tinha apenas um ano e meio. Ela era tão preciosa e eu a amava. Por volta dos 3 anos de idade, Marco obteve a custódia total dela. Eu me encontrei na situação de ser, não apenas sua namorada, mas agora no papel de mulher/mãe para essa criança adorável. Foi muita coisa, mas estava feliz. Eu adorava crianças e meu plano era ser professora do ensino fundamental. Não direi que não tivemos estradas esburacadas. Nós dois éramos tão jovens tentando viver a vida e ainda manter esse relacionamento

Eu me lembro que uma vez Marco veio até mim e disse que se sentia preso em nosso relacionamento. Embora tenha ficado surpresa com seu comentário, eu o amava o suficiente para lhe dar o espaço de que precisava. Eu não queria estar com alguém que queria outra coisa, seja lá o que fosse. Além disso, éramos jovens e então demos um tempo um ao outro. Não tenho certeza de quanto tempo durou, mas foi nosso primeiro rompimento oficial. Fiquei triste, mas parecia certo e acho que nós dois precisávamos disso.

O que aquele tempo separados fez por mim foi apenas confirmar que eu o amava e queria estar com ele. Ele concordou e sentiu o mesmo, então nós reatamos.. Claro, havia muitas coisas que eu teria feito diferente sabendo o que sei agora, mas este é o caminho que percorri. Eu estava apaixonada e pronta para ser a melhor mulher, esposa e mãe que pudesse ser.

Casei-me com a tenra idade de 18 anos e Marco tinha 23 anos. Tínhamos Natália, que agora tinha 4 anos, como nossa linda filha a desabrochar. Foi um casamento lindo cheio de amor e a presença da família. Logo depois nasceu nosso filho Marco Jr. Tínhamos nossa própria família e não poderíamos estar mais felizes.

Com o passar do tempo as ondas da vida bateram fortemente. Todas as coisas que foram ignoradas ou empurradas para debaixo do tapete começaram a vir à tona. Não tivemos escolha a não ser enfrentá-las. Éramos duas pessoas imperfeitas, jovens e inexperientes, cuidando de uma nova casa com todas as responsabilidades que a acompanham.

AMOR??? Ainda estava lá? Nós ainda considerávamos um ao outro? O que esperávamos um do outro?

As coisas correram como planejado?

De qualquer forma, de quem era o plano que estávamos seguindo?

Nós dois éramos de lares desfeitos e ambos com peças faltando. Talvez esperássemos um do outro o preenchimento desses vazios ou tentássemos desesperadamente encontrar realização neste mundo. Tudo que sei é que prometemos estar juntos ¬até que a morte nos separe¬, CERTO? Eu queria esse casamento, queria minha família. Eu estava disposta a fazer o que fosse preciso, mas um coração não aguenta muito e o que o mundo me ensinou foi apenas criar divisão. Eu estava convencida de que havia uma coisa que nos separaria e eu nunca quis lidar com isso, a infidelidade.

*********Meu primeiro encontro com a infidelidade***********

A história da minha mãe e do meu pai

Num verão, visitando meu pai, eu estava hospedada com minha tia. Eu era muito próxima da minha prima Luísa e por isso meu pai sabia que eu adorava passar um tempo na casa dela. Acredito que eu tinha cerca de 12 anos na época. Leyla dividia o quarto com a irmã mais velha, minha prima Cecília, e estávamos as três nos preparando para dormir. Não me lembro como começou a conversa, mas Cecília me perguntou se eu sabia o motivo do divórcio dos meus pais. Hesitei, mas calmamente disse não. (Deus protegeu meu coração e minha inocência). Ela então deixou escapar, com muita frieza, como minha mãe traiu meu pai e, sem nenhum filtro, começou a compartilhar todos os detalhes. No início, fiquei incrédula e em choque. Eu queria tapar os ouvidos ou sair correndo de casa, mas meu corpo simplesmente congelou. Eu me senti completamente devastada e com o coração partido. Eu amava minha mãe e a admirava. Como ela poderia fazer algo tão horrível com alguém que eu amava tanto? Meu pai era tão precioso para mim. Ele foi a única pessoa que conheci que me mostrou amor incondicional e isso enterneceu meu coração a Deus. Eu não tinha ideia de que ele havia passado por isso. Ele sempre demonstrou tanto amor e respeito por minha mãe, mesmo depois do divórcio, que ele nunca quis. Anos depois, minha mãe conversou comigo sobre o incidente e disse que se ela soubesse o que sabe agora, nunca teria deixado meu pai, mas foi a vida que ela viveu.

Meu pai me mostrou o que significava perdoar, embora ninguém o encorajasse a fazê-lo. Pelo contrário, eles zombavam dele por ser muito mole e estúpido. Ele silenciosamente pegou e seguiu em sua direção, amando e nunca prejudicando minha mãe. Mesmo até seus últimos dias, SEMPRE a amou.

Quem diria que eu estava prestes a entrar em uma situação semelhante? Eu estava prestes a iniciar uma jornada para a qual fui escolhida para quebrar as correntes da escravidão e ver a VITÓRIA que Deus tinha para mim, minha família e minhas gerações futuras. Deixe-me compartilhar minha vida antes de chegar a essa conclusão.